Brasil quer criação de cordão sanitário para frear doenças da Venezuela
GENEBRA – O governo brasileiro quer negociar com instituições internacionais a criação de uma espécie de cordão sanitário no território da Venezuela para frear o fluxo de doenças ao Brasil.
Ao blog, o Ministério da Saúde explicou que a ideia é de que uma entidade faça uma operação de vacinação ampla, dentro do próprio território venezuelano, na faixa de fronteira com o Brasil, Colômbia e outros países da região.
Uma das propostas é de que a operação seja conduzida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que já tem missões e acesso às cidades venezuelanas.
Um primeiro contato entre o governo e a Opas já foi realizado e, nesta semana em Genebra, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quer fazer avançar a proposta.
Segundo ele, foi pela fronteira venezuelana que o sarampo entrou no País. Agora, casos de difteria estão sendo registrados. A ideia, portanto, é de que um plano de vacinação ocorra antes de que essas pessoas cruzem a fronteira.
O Brasil estaria disposto a fornecer remédios e vacinas para essa operação. Mas, sem reconhecer o governo de Nicolas Maduro, não poderia nem entrar no território venezuelano e nem manter um trabalho direto com o governo.
Suspensão
A crise venezuelana chega até mesmo à diplomacia do governo de Nicolas Maduro. Em Genebra, a OMS avalia a suspensão da Venezuela de seus debates e votações. O motivo é o atraso de anos no pagamento das contribuições obrigatórias do país à entidade.
Pelas regras da OMS, se um país não paga sua contribuição por mais de dois anos, fica sem o poder de voto nas decisões sobre a saúde global.
Uma opção sob consideração é a renegociação da dívida da Venezuela, permitindo que ela possa continuar a fazer parte das decisões internacionais. Pelo projeto, Caracas teria até o ano de 2039 para quitar sua dívida de US$ 13 milhões. Por ano, o governo teria de pagar US$ 660 mil aos cofres da OMS.
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