Em Israel, Bolsonaro irá condecorar equipe que esteve em Brumadinho
Programa de presidente não prevê qualquer tipo de contato com palestinos, mas inclui visita à unidade anti-terrorismo, ao Muro das Lamentações e até mesmo plantar uma muda de oliveira.
GENEBRA – O presidente Jair Bolsonaro irá usar a viagem à cidade de Tel Aviv neste fim de semana para condecorar a equipe de resgate de Israel que esteve em Brumadinho, diante do rompimento da barragem da Vale.
Cerca de 130 israelenses participaram dos esforços em Minas Gerais. Mas permaneceram na área apenas por quatro dias, período também marcado por declarações desencontradas sobre a eficiência da ajuda. Ainda assim, estimou-se que o resultado foi positivo e que 35 corpos foram encontrados com a ajuda da brigada estrangeira.
Em Israel, a visita de Bolsonaro ainda será marcada por aspectos religiosos e militares. Mas ela não deixará de criar controvérsias do lado dos palestinos, que organizarão protestos. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu mudar a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalem, violando resoluções do Conselho de Segurança da ONU e acenando com uma indicação de que o governo chancelaria a antiga reivindicação de Israel pelo controle da Cidade Sagrada.
Além disso, o Brasil deu fortes demonstrações de que passará a apoiar o governo de Benjamin Netanyahu nos fóruns internacionais. Na semana passada, o Itamaraty modificou sua tradicional posição na ONU e votou contra os palestinos em resoluções no Conselho de Direitos Humanos.
Bolsonaro desembarca no domingo, dia 31. Depois de uma cerimônia no aeroporto, ele será recebido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que também oferecerá ao brasileiro um jantar em sua residência.
A previsão é de que acordos sejam assinados no setor de Defesa, Segurança Pública, Tecnologia e Saúde.
Jerusalem, violando resoluções do Conselho de Segurança da ONU e acenando com uma indicação de que o governo chancelaria a antiga reivindicação de Israel pelo controle da Cidade Sagrada.
Além disso, o Brasil deu fortes demonstrações de que passará a apoiar o governo de Benjamin Netanyahu nos fóruns internacionais. Na semana passada, o Itamaraty modificou sua tradicional posição na ONU e votou contra os palestinos em resoluções no Conselho de Direitos Humanos..
No dia 1 de abril, Bolsonaro visitará a Unidade de Contraterrorismo da Polícia de Israel. Ali, também acompanhará uma demonstração por parte das unidades que lutam contra o terrorismo.
No mesmo dia, o presidente visitará a Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel. Bolsonaro irá condecora-los com a insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, por sua atuação em Brumadinho.
O grupo desembarcou no Brasil logo apenas a tragédia da barragem em Minas Gerais. Mas permaneceu por apenas .
Pela tarde do dia 1, Bolsonaro ainda fará uma visita ao Muro das Lamentações, um dos principais locais do judaísmo.
No dia 2 de abril, a agenda do presidente estará concentrada em encontros empresariais. Mas também prestará homenagem às vítimas do Holocausto, além de visitar uma exposição de fotos também sobre o mesmo assunto.
No Bosque das Nações, Bolsonaro ainda irá plantar uma muda de oliveira. Entre os palestinos, porém, a árvore é alvo de controvérsias.
Dados da ONU indicam que, apenas em 2014, 9,3 mil arvores produtivas foram destruídas ou vandalizadas nos territórios perto de cidades palestinas. Em janeiro de 2015, mais 5,6 mil foram alvo de destruição. Desde 1967, os dados apontam que 2,5 milhões de árvores produtivas foram desenraizada. Dessas, 800 mil eram oliveiras.
O presidente retorna ao Brasil no dia 3 de abril.
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