Suíça diz que não recebeu pedido para cooperar em caso de hacker
Walter Delgatti Neto, em depoimento em 2015, afirmou ter conta na Suíça e que a declarava em seu imposto de renda
GENEBRA – As autoridades suíças informaram que, até o momento, não receberam qualquer pedido de cooperação por parte do Brasil para investigar ou congelar supostas contas em nome de Walter Delgatti Neto. Ele é suspeito de ter sido um dos autores dos ataques contra celulares de autoridades brasileiras.
O Escritório Federal de Justiça da Suíça, por email, declarou que "não recebeu um pedido de assistência mútua legal nesse caso".
Delgatti disse, em um outro inquérito, que teria uma conta bancária na Suíça. Em 2015, ele foi acusado por uma menina de 17 anos de te-la estuprado.
Em reportagem, o jornal Folha de S. Paulo, revelou que Delgatti, na época, explicou a uma delegada da Polícia Federal que era investidor "e que tem uma conta em um banco da Suíça, motivo pelo qual ele faz várias viagens por ano, para aquele país e para a Europa por causa da movimentação dessa conta".
Ele também indicou que tal conta estava declarava ao fisco brasileiro. De acordo com a reportagem, a delegada ainda tentou saber qual seria a fonte de renda de Delgatti e "no que ele realmente trabalhava". Mas o suspeito apenas permaneceu em silêncio.
Um eventual pedido de cooperação entre o Brasil e a Suíça poderia dar acesso à suposta conta do brasileiro, caso ela de fato exista. Ao ter dados sobre a conta, as autoridades poderão saber quem depositou e a quem ele transferiu dinheiro.
Desde 2014, foram cooperações neste sentido que permitiram que a Operação Lava Jato chegasse aos autores de pagamentos de propinas no Brasil e seus beneficiários.
Delgatti foi um dos quatro presos pela Polícia Federal, suspeito de ter sido o autor dos ataques contra celulares de autoridades brasileiras, entre eles o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
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