Topo

Jamil Chade

Na ONU, Damares apela para que a Venezuela seja “libertada”

Jamil Chade

25/02/2019 08h05

GENEBRA – A ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, apelou à comunidade internacional a se unir ao esforço para "libertar" a Venezuela. Em seu primeiro discurso internacional diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a ministra fez questão de chamar a atenção para a crise no país vizinho.

"O Brasil apela à comunidade internacional para se unir ao esforço para libertar a Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Juan Guaidó e pedido o fim à violência perpetrada por forças do regime contra sua própria população", declarou.

Ela afirmou que o governo está "preocupada com as sérias e persistentes violações de direitos humanos cometidos pelo regime ilegítimo da ditadura de Nicolas Maduro".

A ministra, porém, nega que se trate de uma intervenção. "O Brasil se uniu aos esforços do presidente interino Juan Guaidó, não por intervir, mas para garantir ajuda humanitária imediata ao povo da Venezuela", disse.

Nesta terça-feira, será a vez do governo da Venezuela discursar diante da ONU, em Genebra. Mas a intervenção promete ser alvo de um protesto. O governo brasileiro, ao lado do Grupo de Lima, estuda deixar a sala quando o chanceler Jorge Arreaza subir ao palco para discursar.

Damares "apela" à ONU que ajude na "libertação" da Venezuela

UOL Notícias

Sobre o autor

Com viagens a mais de 70 países, Jamil Chade percorreu trilhas e cruzou fronteiras com refugiados e imigrantes, visitou acampamentos da ONU na África e no Oriente Médio e entrevistou heróis e criminosos de guerra.Correspondente na Europa há duas décadas, Chade entrou na lista dos 50 jornalistas mais admirados do Brasil (Jornalistas&Cia e Maxpress) em 2015 e foi eleito melhor correspondente brasileiro no exterior em duas ocasiões (Prêmio Comunique-se). De seu escritório dentro da sede das Nações Unidas, em Genebra, acompanhou algumas das principais negociações de paz do atual século e percorre diariamente corredores que são verdadeiras testemunhas da história. Em sua trajetória, viajou com dois papas, revelou escândalos de corrupção no esporte, acompanhou o secretário-geral da ONU pela África e cobriu quatro Copas do Mundo. O jornalista paulistano também faz parte de uma rede de especialistas no combate à corrupção da entidade Transparencia Internacional, foi presidente da Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça e contribui regularmente com veículos internacionais como BBC, CNN, CCTV, Al Jazeera, France24, La Sexta e outros. Chade é autor de cinco livros, dois dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti.

Sobre o blog

Afinal, onde começam os Direitos Humanos? Em pequenos lugares, perto de casa — tão perto e tão pequenos que eles não podem ser vistos em qualquer mapa do mundo. No entanto, estes são o mundo do indivíduo; a vizinhança em que ele vive; a escola ou universidade que ele frequenta; a fábrica, quinta ou escritório em que ele trabalha. Tais são os lugares onde cada homem, mulher e criança procura igualdade de justiça, igualdade de oportunidade, igualdade de dignidade sem discriminação. A menos que esses direitos tenham significado aí, eles terão pouco significado em qualquer outro lugar. Sem a ação organizada do cidadão para defender esses direitos perto de casa, nós procuraremos em vão pelo progresso no mundo maior. (Eleanor Roosevelt)