Bolsonaro irá à abertura da Copa América
Jamil Chade e Leandro Prazeres
O presidente Jair Bolsonaro abrirá a Copa América, no dia 14 de junho, em São Paulo. A data foi incluída na agenda oficial da presidência, divulgada nesta segunda-feira. Bolsonaro assistirá à partida no Morumbi entre Brasil x Bolívia, além de testar diante da torcida sua própria popularidade.
O UOL apurou que os organizadores do torneio teriam sinalizado ao Palácio do Planalto que gostariam de contar com o chefe-de-estado na abertura de um dos maiores eventos de futebol do mundo.
Já na semana passada, fontes no Palácio do Planalto confirmaram que existia uma "pré-agenda" apontando para a presença de Bolsonaro no jogo de abertura da Copa América. O presidente já recebeu Gianni Infantino, chefe máximo da Fifa, e foi apresentado aos dirigentes da CBF. Agora, sua presença na abertura do torneio foi confirmada nesta segunda-feira.
Alguns cartolas da Conmebol, porém, temem que a ida do presidente ao evento seja acompanhada por vaias. Ao longo dos anos, a relação entre os chefes-de-estado do Brasil e as aberturas dos grandes eventos esportivos foi tumultuada.
Em 2007, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado durante a abertura dos Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro.
Em 2013, na Copa das Confederações, uma vaia no estádio de Brasília contra a ex-presidente Dilma Rousseff a impediu que ela pronunciasse até o final seu discurso de abertura do evento. Joseph Blatter, que presidia a Fifa naquele momento, chegou a dar uma bronca na torcida, pedindo respeito, o que acabou levando a vaia a se prolongar.
Para a final entre Espanha x Brasil, ela sequer apareceu para entregar o troféu para o time de Neymar. Em 2014, mais uma vez Dilma seria vaiada na abertura da Copa do Mundo, em Itaquera.
Em 2016, o mesmo ocorreria nos Jogos Olímpicos do Rio, desta vez com Michel Temer. Em toda a festa de abertura, o nome do então presidente foi evitado pelos organizadores. Ele, porém, teve de declarar aberta, oficialmente, a Olimpíada. E, uma vez mais, foi vaiado.
Para tentar abafar a reação do público, os organizadores imediatamente colocaram uma música nos alto-falantes do Maracanã, num volume elevado.
Ao longo dos últimos anos, muitos foram os políticos estrangeiros e mesmo nacionais que evitaram um contato muito estreito com a direção da CBF e da Conmebol, afetadas de forma profunda por escândalos de corrupção.
Três dos últimos quatro presidentes da Conmebol estão presos ou indiciados. Na CBF, José Maria Marin está preso nos EUA, enquanto Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira não podem deixar o Brasil, sob o risco de serem detidos. Carlos Arthur Nuzman, organizador dos Jogos do Rio, é investigado e chegou a ser preso.
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