Governo Bolsonaro pediu para se aproximar da Otan
Em reunião no início do ano com representante americano, chanceler brasileiro indicou desejo de parceria com a aliança militar liderada pelos americanos
GENEBRA – O Brasil pediu uma aproximação à Otan, a aliança militar do Atlântico Norte liderada pelo governo dos EUA. A intenção foi mencionada pelo chanceler Ernesto Araújo em uma reunião fechada com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, no início do ano.
Procurado por este blog, o Itamaraty se recusou a comentar, pelo caráter sigiloso do conteúdo do encontro e dos telegramas produzidos a partir da reunião. Mas três fontes diferentes que tiveram acesso a um relato do encontro confirmam que houve uma proposta de aproximação por parte do Brasil.
Ao longo dos últimos anos, a Otan passou a estabelecer relações com países fora de sua esfera geográficas. Desde 2013, o governo colombiano passou a colaborar com a aliança. Mas foi em 2018 que Bogotá, oficialmente, aderiu como "sócio global" da entidade. A Colômbia, portanto, foi o primeiro e único país latino-americano a integrar o grupo militar.
O movimento por parte do Brasil, porém, vem num momento em que o governo de Donald Trump atua para reduzir a conta paga por Washington para a entidade, solicitando que os europeus também aumentem suas contribuições à entidade.
Ainda assim, Trump deixou claro desde a eleição de Bolsonaro que temas militares entrariam na agenda de cooperação entre Brasilia e Washington.
Essa não é a primeira proposta do Itamaraty sob Araújo na direção de uma aproximação militar com os americanos. No início de janeiro, o chanceler afirmou durante encontro do Grupo de Lima que o presidente Jair Bolsonaro "não exclui a possibilidade" da instalação de uma base militar americana no Brasil. Araújo explicou que isso faria parte de uma "agenda mais ampla" do país com os Estados Unidos. A proposta foi duramente criticada pelos militares brasileiros, que, na prática, enterraram o debate.
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