2019 caminha para ser um dos anos mais quentes da história
Questionada pelo UOL diante das posições de questionamento do Itamaraty sobre mudanças climáticas, agência de meteorologia garante: "elas são reais"
GENEBRA – 2019 caminha para ser um dos anos mais quentes da história. O alerta é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que já destaca que a média nos termômetros entre janeiro e maio coloca o período como o terceiro com as temperaturas mais elevadas já registradas. E ainda sem considerar a onda de calor que atinge a Europa nos últimos dias.
O alerta é feito enquanto diversos países europeus anunciam alerta vermelho. Em alguns locais, governos apontam que a situação climática já representa uma ameaça à vida.
Na Austria, a média de temperatura do mês de junho já é a mais elevada e está 4 graus Celsius acima da média para o período.
Na França, depois de registrar uma média de quase 35 graus Celsius, o governo declarou alerta vermelho para pelo menos quatro regiões. Nesses locais, os termómetros irão superar a marca dos 40 graus por alguns dias.
Diversas regiões da Espanha, entre elas a Catalunha, também emitiram um alerta vermelho diante do calor.
Na estação de esqui de Davos, conhecida por suas montanhas geladas, as temperaturas chegaram a 29 graus Celsius, mesmo estando 1.560 metros acima do nível do mar.
De acordo com a OMM, o mês de maio já registrou a menor cobertura de gelo na Antártida, enquanto o Ártico registrou a segunda menor cobertura.
BOLSONARO X CLIMA
Questionado pelo UOL sobre o posicionamento do governo Bolsonaro de colocar em questão o fenômeno das mudanças climáticas, a agência garantiu: "mudanças climáticas são reais". "Ciência climática é apolítica. Os eventos extremos não tem fronteiras e estamos vendo isso agora", declarou uma porta-voz da agência, numa coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Genebra.
Para a OMM, seria cedo para dizer que o atual fenômeno de calor na Europa está relacionado diretamente com as mudanças climáticas. "Mas é consistente com o que esperamos", indicou. "As ondas de eventos como esse ficarão mais extremos e mais frequentes", completou.
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