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Jamil Chade

Brasileiros fazem ato pró-Bolsonaro diante da ONU

Jamil Chade

26/05/2019 04h59

GENEBRA – Citando as reformas e Deus, um grupo de brasileiros  realiza este domingo um ato diante da sede da ONU em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Apresentando-se não como ativistas, mas apenas famílias e profissionais, os organizadores garantem que a manifestação foi uma iniciativa espontânea de brasileiros que vivem na Suíça.

Diante da entidade internacional, eles abriram um cartaz com a foto de Bolsonaro, fazendo seu tradicional gesto.

Num comunicado, o grupo explicou o motivo do ato e citou alguns dos pontos principais da retórica usada pelos apoiadores de Bolsonaro no Brasil.

"Neste 26 de maio queremos mostrar que somos pessoas de bem que vêm às ruas para reforçar seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro que foi eleito democraticamente através do voto popular", disseram.

As pautas que são: "MP 870: COAF com o Ministro Sérgio Moro e redução dos ministérios; Reforma da Previdência; Projeto Anti-crime; Operação Lava-Jato e Operação Lava Toga".

"Apoiamos Bolsonaro porque ele representa a voz de mais de 57 milhões de brasileiros que querem ter um Brasil diferente", explicam. "Um presidente que responde aos anseios do povo pois quer ter voz e lugar. Queremos reviver a Ágora Grega onde a voz do povo era ouvida onde a palavra tinha poder e era vivida", declararam.

"Não o escolhemos pelo politicamente correto, mas pela política correta sem conchavo e acordos eleitoreiros", disseram.

"Ele, sim, foi eleito para fazer a vontade do povo e não do partido. É mito, pois rompe as estruturas do sistema, vencer as barreiras do toma lá e da cá. Ele,sim, hoje deu e dá seu sangue pelo Brasil com Deus acima de todos", afirmam.

"Ele, sim, resgata a dignidade da mulher,do índio, do negro e da família. Ele,sim, é um homem simples que disse sim ao chamado e nos convida a assumir com ele esta missão de transformar o País em uma grande nação sem corrupção, pois cremos no Brasil acima de tudo e em Deus acima de todo", completam.

O grupo estará diante da sede da ONU, o mesmo local usado por outras entidades nos últimos meses para fazer manifestações contra o governo de Jair Bolsonaro.

Sobre o autor

Com viagens a mais de 70 países, Jamil Chade percorreu trilhas e cruzou fronteiras com refugiados e imigrantes, visitou acampamentos da ONU na África e no Oriente Médio e entrevistou heróis e criminosos de guerra.Correspondente na Europa há duas décadas, Chade entrou na lista dos 50 jornalistas mais admirados do Brasil (Jornalistas&Cia e Maxpress) em 2015 e foi eleito melhor correspondente brasileiro no exterior em duas ocasiões (Prêmio Comunique-se). De seu escritório dentro da sede das Nações Unidas, em Genebra, acompanhou algumas das principais negociações de paz do atual século e percorre diariamente corredores que são verdadeiras testemunhas da história. Em sua trajetória, viajou com dois papas, revelou escândalos de corrupção no esporte, acompanhou o secretário-geral da ONU pela África e cobriu quatro Copas do Mundo. O jornalista paulistano também faz parte de uma rede de especialistas no combate à corrupção da entidade Transparencia Internacional, foi presidente da Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça e contribui regularmente com veículos internacionais como BBC, CNN, CCTV, Al Jazeera, France24, La Sexta e outros. Chade é autor de cinco livros, dois dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti.

Sobre o blog

Afinal, onde começam os Direitos Humanos? Em pequenos lugares, perto de casa — tão perto e tão pequenos que eles não podem ser vistos em qualquer mapa do mundo. No entanto, estes são o mundo do indivíduo; a vizinhança em que ele vive; a escola ou universidade que ele frequenta; a fábrica, quinta ou escritório em que ele trabalha. Tais são os lugares onde cada homem, mulher e criança procura igualdade de justiça, igualdade de oportunidade, igualdade de dignidade sem discriminação. A menos que esses direitos tenham significado aí, eles terão pouco significado em qualquer outro lugar. Sem a ação organizada do cidadão para defender esses direitos perto de casa, nós procuraremos em vão pelo progresso no mundo maior. (Eleanor Roosevelt)