Sob risco de ser desalojada, Venezuela assume chefia de Desarmamento da ONU
GENEBRA – O governo de Nicolas Maduro vai presidir a Conferência de Desarmamento da ONU. O cargo será ocupado a partir do final de maio e Caracas terá a coordenação dos trabalhos internacionais por um mês. Governos contrários ao chavismo já se preparam para questionar a coordenação dos trabalhos por parte dos representantes de Maduro.
A decisão ocorre por conta de uma rotação obrigatória entre os países que fazem parte da Conferência. Neste momento, a presidência é dos EUA, país com o maior número de ogivas nucleares do mundo.
No início do ano, o governo americano já havia se recusado a permanecer na sala da ONU, em protesto contra a presença do embaixador de Maduro. Num ato simbólico, os governos dos EUA e do Grupo de Lima deixaram a sala enquanto o diplomata de Caracas tomava a palavra para fazer seu discurso.
Agora, a chefia dos trabalhos em mãos dos venezuelanos deve, uma vez mais, gerar protestos entre os demais países que reconhecem Juan Guaidó, o auto-proclamado presidente interino.
Não é a primeira vez que a presidência vai para as mãos de um governo questionado internacionalmente. Há dois anos, foi a vez da Síria de Bashar al Assad, de assumir o órgão da ONU.
Sem dinheiro
Enquanto os trabalhos diplomáticos são mantidos, o embaixador venezuelano na ONU, Jorge Valero, confirma que o bloqueio de recursos por parte do sistema financeiro internacional contra Caracas está asfixiando o trabalho de sua missão.
Segundo ele, sem poder fazer transações em bancos suíços, a residência diplomática já está com seu pagamento de aluguel atrasada em três. Se essa situação for mantida por mais dois meses, eles serão desalojados.
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