Recessão fez cair número de milionários no Brasil
GENEBRA – Não existem dúvidas de que a recessão na economia brasileira afetou o combate à pobreza e que os números até mesmo da fome voltaram a aumentar. Mas um novo levantamento revela que, no topo da pirâmide de um dos países mais desiguais e injustos do mundo, a crise também foi sentida.
De acordo com o relatório da consultoria Knight Frank que mede a riqueza individual no planeta, o Brasil tinha 194,3 mil pessoas com um patrimônio acima de US$ 1 milhão em 2013. Em 2015, esse número caiu para 180 mil e, em 2018, foi de 179,6 mil.
A empresa, com 400 escritório pelo mundo, é uma das maiores consultorias em propriedades do mundo, fundada em 1896 em Londres.
A queda de 8% no Brasil foi no caminho contrário do restante da economia mundial. No mesmo período, o número de milionários no planeta cresceu em 13%, passando de 17,3 milhões em 2013 para 19,6 milhões em 2018.
De acordo com o levantamento, as projeções revelam que, em 2023, apesar de o Brasil registrar um aumento no número de milionários, o total ainda será inferior ao que existia em 2013. A previsão é de que o País contem com 188,6 mil pessoas com um património acima de US$ 1 milhão.
Mesmo numa conta que inclui apenas os "ultra-ricos", com patromônio acima de US$ 30 milhões, os números brasileiros também ficam abaixo do que existia em 2013. Em 2023, a estimativa é de que 3,9 mil brasileiros estejam dentro dessa categoria. Em 2013, existiam mais de 4,1 mil pessoas no Brasil dentro dessa categoria. Em 2018, o número foi de 3,7 mil.
A queda no número de ricos no Brasil, porém, não significa de forma alguma que a desigualdade social no País caiu.
Se o Brasil patina no que se refere ao número de milionários, a comunista China registra uma realidade bem diferente. Em 2018, pela primeira vez, o país asiático tem mais milionários que a Alemanha: mais de 1,5 milhão de pessoas.
Para 2023, a projeção é de que existirão 2 milhões de milionários na China. 800 mil a mais que em 2013.
Em cinco anos, a China terá apenas 500 mil milionários a menos que o Japão. Mas ainda fica distante dos 6,9 milhões de milionários americanos.
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